sexta-feira, 29 de abril de 2011

Restaurar Portugal I

RESTAURAR PORTUGAL - I
Caminhos para Sair da Crise
[Esboço para um Manifesto]
José JPeralta

O objetivo deste ensaio é apontar Caminhos para sair da crise que  assola o país, propondo a Restauração da identidade genuína de Portugal.

I
REFORÇAR A IDENTIDADE NACIONAL

1. A grave crise econômica e ética que abala Portugal, (e outros países, pelo mundo a fora), precisa ser considerado, com certo repúdio a governos perdulários e entreguistas, que vêm inviabilizando as finanças do país e inquietando a nação.
O país foi levado a uma  constrangedora condição política, econômica e social, por governos irresponsáveis e fracos, manchando a dignidade da Nação.
Temos de nos envergonhar de governos golpistas  e não do país, que deles é vítima.
Portugal é um país de muita grandeza, que muitas pessoas das novas gerações desconhecem. A história do país real foi-lhes sonegada. A pequenez é de alguns cidadãos fracos e não do povo, que sofre as consequências.

2. Durante mais de 35 anos, o país, com sua identidade épica, de quase 900 anos, vem sendo ocultado ao povo, na ânsia de descaracterizá-lo e transformá-lo numa nação amorfa, manipulável, humilhando seu orgulho natural de uma nação sempre vitoriosa, de dimensões planetárias.
A história do país, há 35 anos vem sendo escamoteada.
Os jovens perderam a visão conjuntural de seu país.
Dos muitos desafios com que o país se depara, referimos cinco que trazem outros: a baixa competitividade da produção econômica do país; a baixa taxa de natalidade; a educação de baixa produtividade e os desperdícios  de divisas; a perda de valores éticos e humanísticos. Estas são as armadilhas que precisamos superar.
Outros desafios decorrem da perda valores éticos e humanísticos:
A falta de alguns princípios que vão sendo esquecidos:
o primado da honra e da honestidade, da generosidade e da alteridade, do valor do trabalho e da responsabilidade, da busca da competência e de melhorias contínuas, da convivência e dos valores espirituais, da solidariedade e da sustentabilidade ambiental.


3. Em meio a essa situação, precisamos recuperar o orgulho nacional, e superar a desilusão e a desconfiança geral, em má hora forjada, nos gabinetes golpistas. Depressão não é solução.
Precisamos recuperar o orgulho nacional, com a altivez natural, como convém. Recuperando a autoconfiança, virá a solução, que não é teórica; é prática.
O país está em crise de identidade, capitaneado por mentes medíocres e “apátridas”.
Frente a frente, com a crise e suas artimanhas, ainda pensamos com Tagore: “Mais vale acender um fósforo do que maldizer a escuridão”.
Devemos nos revoltar e reagir com veemência ao menosprezo, com que vêm, sendo tratados e levados ao esquecimento os monumentais feitos heróicos da nação e seus heróis extraordinários, ao nível dos melhores que produziu a nossa humanidade. Mas, por outro lado, devemos compactuar alguns conceitos: reagir não é agredir, nem humilhar ninguém; devemos respeitar a dignidade de todos, como seres humanos, ainda que hajam com indignidade, em algumas circunstâncias. Só não podemos elogiar atos indignos, mas lastimá-los e até repeli-los, quando ofensivos e ajudar a saná-los.

II
TIRANDO A MORDAÇA E A VISEIRA

4. O maior jornal do Brasil, a “Folha de São Paulo”, publica, uma fotografia de um homem, no Porto, amordaçado, ao lado de uma lixeira,  e com uma placa que diz: “Tenho vergonha deste país”. Estão confundindo o Governo, com a Nação!
Cartazes como este, fazem o jogo do governo, que quer ver o povo de joelhos, para dominá-lo pelo medo. Mas esta pessoa não representa a Nação. Pensar isto seria uma generalização falsa e ofensiva. Um homem não é a Nação, embora possa ser um ato com que alguns possam concordar, sem pensar. É o processo de dominação das massas... Qual a intenção desse homem?!
Está com os homens do governo, ou com o povo?!
Essa pessoa escolheu o inimigo errado e em nada ajuda o seu país.
Onde estão os nossos sábios?!

5. Precisamos desenvolver no país uma campanha pelo desarmamento mental e moral, contra os valores matriciais de nossa Nação. Precisamos saber quem somos e disso nos orgulhar, cultivando o que é nosso, sem de ninguém depender. Sem a outros nos  atrelarmos, devendo favores.
Precisamos nos convencer de que só o trabalho honrado, persistente e competente, constrói, seja qual for o campo de atuação de cada um, na indústria, no comércio,  na agricultura, na pesca, na escola,  no magistério, no ministério, no setor de serviços ou  na vida intelectual.
O que importa é que vençamos os complexos que nos impuseram nos últimos 30 anos, e que tudo o que  fizermos façamos bem feito e com qualidade.
Precisamos arrancar a mordaça e a viseira que tentaram impor à Nação.

6. Portugal, por sua história e por seu povo, é um dos mais belos países da Europa sem contestações e sem  dúvidas. Assim é reconhecido.
Precisamos restaurar, no coração do povo, o “esplendor de Portugal”
Atitudes como a referida, são lastimáveis! Estão fazendo o jogo do inimigo! Isto parece jogada de um governo  astuto mas falido e golpista... Quer dividir o povo para a ele se impor.

Para desencadear um movimento de despertar, para a Restauração dos Valores genuinamente nacionais, proponho que se propague, por todos os meios, a mensagem, como um selo: VIVA PORTUGAL!
Que este selo seja o sinal de grande despertar nacional. A busca da felicidade é um direito de todos. Não tenha medo de ser feliz!
Esperamos que surja algo como uma Frente pela Restauração da Identidade Nacional – FRIN


III – MUDAR É A LEI DA VIDA

7. Nunca se envergonhe do seu País. Ele não merece essa desfeita. O governo é passageiro, mas o país é perene. O governo passa mas a Nação continua.
Os nossos 10% de entreguistas não merecem tanta consideração. Respeitemos os outros 90% que preservam a honra da nação. Damos maior destaque aos medíocres, que gritam, estabanados, desconhecendo o inimigo.
Apenas 1% dão as cartas e os slogans, 9% gritam para preservar suas benesses escandalosas e golpistas que o poder lhes garante. Aos 65% de cidadãos cordatos, responsáveis e conscientes, porque trabalham de sol a sol para manter suas obrigações sociais, esquecemos. Os outros 25% são massa de manobra inconsciente e alienada,  como em todos os povos.
A culpa é do governo que desgovernou e traiu a nação. O país pede respeito e nunca ódio dos seus.
Direito à opinião, sem ofensa e sem discriminação, numa democracia, a todos beneficia. Para observarmos com lucidez precisamos saber que parcela da comunidade tem ideias idênticas ou ideias contrárias.
Aqui não damos soluções, numa conjuntura tão complexa. Apenas apontamos possíveis opções e alguns princípios norteadores, para reflexão.
Alertamos, à partida, que  o pior inimigo de uma causa justa é um mau advogado.


8. Precisamos nos unir, nos conscientizar e nos informar para mudar. Para saber mudar. Mudar a lei da vida.
Precisamos recuperar a honra e o orgulho da nação. Escolher gente competente, com ética e larga visão, para governar o país. É próprio do sábio mudar para melhor. Mudar por mudar não vale nada.
Abaixo o pessimismo e o pânico que os meios de comunicação levam aos nossos lares! Abaixo os “avestruzes”, que enterram a cabeça na areia para não verem o que passa ao seu redor. 
Vamos pensar e fazer o que deve ser feito, democraticamente. Vamos escolher os melhores, superando engodos, sem temor.
Precisamos superar essa síndrome de pânico, que vem inundando o país, com a qual preparam outros golpes, na surdina, em lautos banquetes e sórdidos conchavos.
O pessimismo reinante e a descrença produzem o clima de imobilidade que o “diabo” quer, para prosseguir seus planos macabros.

9. O problema mais grave que humilha o país é a falta de grandes talentos, decorrência de uma educação sucateada e castradora. Muitos dos melhores não têm vez. Ficaram 35 anos esquecidos. Está na hora de despertá-los.
O país já dá sinais de um apagão de lideranças conscientes, competentes e honradas. Disto a nação precisa se acautelar. Precisamos dar ao povo educação séria, integral e da melhor qualidade.
A má escola é o espelho da Nação, denunciando sua fraqueza e anunciando o fracasso.
Nossos estudantes precisam estudar mais, estimulados por seus mestres. Os mestres não podem ser mercenários. O governo também não.

Os jovens precisam ser preparados para serem empreendedores, perspicazes, competentes e dedicados. Precisam ser capazes de sonhar, de ousar e de inovar; serem capazes de abrir novos caminhos para vida, para a nação e para a civilização. Os jovens precisam ser sentir como corresponsáveis e não como simples expectadores.
Esta foi a maior lição que Portugal deu ao mundo, em difíceis circunstâncias.

Restaurar Portugal II

RESTAURAR PORTUGAL - II
Caminhos para Sair da Crise
[Esboço para um Manifesto]

IV – ATITUDES  PROATIVAS

10. Está na hora de despertar. Está na hora de abrirmos a boca, os olhos, os ouvidos e o coração e a inteligência. Ninguém se omita! Mãos à Obra!
 “Por uma omissão perde-se um reino”, adverte o Magno P. Antônio Vieira.
Está na hora de levantar a cabeça  altiva e de aprendermos as lições do passado, como proclama o Hino Nacional.
Entre as brumas da memória, ó Pátria,
Sente-se a voz dos teus egrégios avós”.
Está na hora de reaprendermos a nossa História, que há mais de 30 anos nos escondem.
A força da propaganda sórdida já leva gente de bem a repetir, sem pensar, meneando a cabeça: “Ai! Portugal”. Ninguém diz: Que governante é este?!  Que poderemos fazer para debelar a crise?
Está na hora de o país tirar a mordaça, não de sobrepô-la.

Na Internet há muitos fazendo piada, protestando e dando gargalhada da incômoda situação do seu país, da herança maldita que um Governo sem ética nos deixou. Criticar os políticos de um país, é um direito de todos. Discriminar o país é crime qualificado.

11. Ainda guardo, em arquivo, um decalque golpista que foi fartamente distribuído em Portugal, nos anos 70, e colocado no parabrisa traseiro dos carros, que proclamava: “EUROPA É A MINHA PÁTRIA”. MENTIRA! A quem serviu esta mentira? Só serviu aos vendilhões.
 A EUROPA não é e nunca será  a pátria de ninguém. Precisamos rasgar essa máscara, essa fantasia.
Por outro lado, não temos porque endeusar a Europa. Também não podemos deixar de respeitá-la.
Portugal é uma entidade soberana; a Europa é outra entidade: um conglomerado de nações.
Não vi ninguém responder: MENTIRA! MINHA PÁTRIA É PORTUGAL! Europeus, sim; apátridas, não! Muitos caíram no conto do vigário.
Quiseram diluir Portugal na Europa, num plano impossível e sórdido. Mas conseguiram enfraquecê-lo na mente  dos fracos, dos frouxos e dos medíocres que vicejam por aqui, como por todos os países.
A mediocridade é cômoda e facilmente contamina a comunidade pela força persuasiva e sedutora do marketing. É na mediocridade que se engendram e propagam os grandes desastres e as grandes injustiças.
Os fracos tendem à mediocridade e são facilmente cooptados. Faltam-lhes os grandes princípios que as poderiam fazer resistir, como fortes pilares. Sem eles, são como palhas ao vento.

12. Esta foi a chave para descaracterizar Portugal. Os Descobrimentos Portugueses passaram a ser descobrimentos ibéricos (?), da Espanha(?!). É atitude de apátridas, néscios e entreguistas; de estrangeirados, que nem conhecem o hino nem a bandeira de seu país.
 A Portugal o que é de Portugal e à Espanha o que é da Espanha. À  Alemanha o que é da Alemanha! Sem confusões.  A História é essa. É assim.

Conseguiram baralhar a mente das novas gerações, com informações truncadas e o esquecimento de seu país.
Nas escolas, a história de Portugal foi reduzida a poucas páginas, como se o país estivesse a ser desativado e anexado. Os portugueses não conhecem mais a história do seu país.
Foi o único país da Europa que se submeteu a tal condição, negociada por trinta dinheiros, em coluio traiçoeiro de velhas raposas.
Nossos sábios se calaram, medrosos, e se omitiram. Cometeram crime de lesa-pátria.
Só isto explica a atitude do homem da fotografia, de que falamos acima.
“Por uma omissão perde-se um Reino”. Lembram-se?!
O silêncio dos sábios pode ser uma virtude ou uma traição. Falar ou calar, eis a questão!
Bem sabemos que, hoje, a política é um campo minado, mas é uma instituição que nos rodeia e nos cobra impostos; e às vezes nos constrange. Não podemos deixar este tema de fora, se ele interfere em nossas vidas.


13. Repito: está na hora de despertar e jogar fora  o fardo que nos deprime, e todas as cargas negativas que são injustas e forjadas...
As máquinas, como os alimentos e como os governos, têm prazo de garantia. O prazo de garantia deste governo já passou. Está vencido. Enguiçou antes do prazo. A rotatividade do poder é essencial. Mas deve mudar-se para melhor.

Lembremo-nos sempre: o governo existe para servir a nação e não para locupletar as pessoas que assumem o poder. O governo existe para cuidar do bem da  nação e não para dilapidar os seus bens... como vem acontecendo, ante o silêncio e a omissão, de quem jamais poderia se calar!
Alguém poderia inverter o golpe, contra os entreguistas e os golpistas, com um novo decalque, a ser distribuído, proclamando:
MINHA PÁTRIA É PORTUGAL! Este é meu país!


V – UNIÃO OU ILUSÃO EUROPEIA

14. A União Europeia, tal qual se mostra hoje, é apenas mais uma ilusão que se esvai. Dá a ideia de que tudo não passou de uma grande negociata. Enganou o mundo, com um altruísmo de mentira! Os caçadores de tesouros estão a solta! Cuidado! Há muitas negociatas mal ajambradas... Mas também há muita gente sincera e leal. Sejamos justos.
O que poderia ter sido muito bom, se respeitasse a identidade dos países, virou desilusão, um pesadelo!

Emprestaram dinheiro a rodos, como se se tratasse de um ato solidário, equilibrando a governança do bem-estar comunitário. Dinheiro descontrolado. O país nunca precisou de favores. Solidariedade, sim. Porque jogaram ao país tanto dinheiro de que ele, na verdade, não precisava?! Para agora garroteá-lo? Que sadismo é esse e a quem interessa?
Com a indústria e o comércio, a agricultura e a pesca, a educação e a cultura sucateadas, é lógico que o país nunca poderia pagar tal avalanche de “empréstimos”/”financiamentos”. Foi jogo de dominação? Busquemos saída adequada à situação, sem humilhações.
Quem emprestou tirou vantagens. Já sabia que não iria  receber. Porque iremos pagar algo que, moralmente não devemos, por o país não ter se beneficiado?! Beneficiou governos perdulários e pessoas sem ética, em prejuízo do povo.

15. Tudo não passou de um golpe certeiro, para dominar políticos fracos e golpistas; para sustentar no poder um governo fraco e manipulável.
Da fantasiada UNIÃO EUROPEIA, chegamos à DIVISÃO EUROPEIA. Um descalabro muito caro. O governo esbanjou e o povo paga?!
Se nossa pátria é a Europa, como nos garantiram, então mandem a conta para a Europa, não para nós...
Quiseram fazer da Europa mais do que ela pode ser. Europa é o nosso Continente, espaço de muitas nações. Nunca será um País, como alguns simularam. União Europeia é um conglomerado de algumas das nações sediadas no Continente Europeu. Só isto. E é muito. Será que caiu a ficha?!
Somos todos do Planeta Terra: somos Terráqueos.
Queremos pisar o nosso chão, com prazer e respeito solidário, sem ninguém nos incomodar.

A quem interessa que a Europa solidária se torne na Europa solitária? Que jogo macabro é esse?!
A Europa é nossa, mas que não queiram alguns subjugar-nos, nem subjugar ninguém. Não nos incomodem no nosso próprio chão, ouviram?!
Também somos Ibéricos. Da Ibéria é nossa só a parte que nos cabe. Outras partes são dos castelhanos, dos galegos,  dos bascos, dos catalões, etc.
A toda a Ibéria, o atual território Português deu seu maior herói de todos os tempos, padrinho, paradigma e patrono da nação portuguesa: VIRIATO.
Viriato, por sua ousadia e solidariedade,  é a imagem de Portugal.


16. Não é só Portugal que está na linha de ataque. Juntos estão a Grécia, a Irlanda, a Itália, a Espanha, a Bélgica, o Reino Unido, a Polônia e a Eslováquia.
Uma tragédia anunciada.
Enfim Portugal não está só.
Então os oito países endividados deveriam decidir, unidos, os caminhos a seguir, para estudarem estratégias comuns de busca de soluções. A União faz a força!
Eles acreditaram em Papai Noel (?!) e foram imprudentes. Deram de frente com o lobo mau!
Agora é hora de ligar o pisca-alerta e buscar soluções estáveis, sem cair nas garras do gavião.
O país não se pode esconder na desilusão e no pessimismo, que não é a solução! Precisamos de confiança para avançar.
Governos perdulários têm de ser responsabilizados por seus atos antissociais. Eles deixaram o país constrangido, em má situação.

No auge da crise, com o país em frangalhos e o povo, aflito, em grandes dificuldades, o governo assina mais um projeto de gastos perdulários, inacreditável: Quer unir Lisboa a Madrid, com um VLT, como quem faz uma via expressa para ir à casa da namorada. Ele vai investir bilhões que o país não tem, para um projeto golpista.
Unir Lisboa a Madrid para quê? Por quê? Para dar aos espanhóis os espaços dos portugueses? Para os portugueses substituírem a TAP pela Ibéria? Para vender Portugal? Este projeto nefando e escorchante devia ser causa suficiente de impeachment.
Na  hora do aperto, não é possível alguém em sã razão pensar em tais gastos, apenas para agradar o companheiro, com um projeto de um gasto nefando.

17. Não deixemos que as velhas “raposas” se perpetuem, ameaçando o povo com o bicho-papão.
Exorcizemos o medo e façamos opções competentes.
Não repitamos os erros do passado recente que nos pôs neste embaraço.
Mas saibamos que, ao  lado de gente de mau caráter, há também gente de bem e bem intencionadas. Merece uma chance. Toda a injustiça é abominável, seja contra quem for e venha de onde vier.
Lutemos pelo voto consciente. Mostremos à nação toda a verdade.

O povo precisa saber o que se passa e quem são os responsáveis por esta crise preocupante. Não é possível alguns continuarem a enganar a tantos, por tanto tempo.
Alguém precisa falar. Calar é omissão.
Mas um povo que tem  um canal de TV e outros meios de comunicação, do inimigo, manipulando a nação, nos lares de seu povo, dificilmente leva a verdade à nação! É golpismo tramado e baixo, com as bênçãos da situação. Uma grave imprudência, ou crime de lesa-pátria?!

Restaurar Portugal III

RESTAURAR PORTUGAL - III
Caminhos para Sair da Crise
[Esboço para um Manifesto]


IV
UM PAÍS FRAGILIZADO MAS ALTIVO

             18. A crise atual, talvez uma das mais graves de sua história, sabemos que, em parte, tem origem nos gastos perdulários e desenfreados.
             Mas tem origem em outras causas, não  menos graves, a saber:
 a perda de competitividade do país, a partir da redução de sua taxa  de crescimento econômico,  com a queda de produção de bens, que foi sucateada lentamente, até chegar quase à insolvência. Esta precisa ser a primeira questão a ser sanada.
             Precisa ser estimulada e ou reativada a Indústria, o Comércio,  a Agricultura,  a Pesca e a Educação de qualidade. Precisa ser estimulado o empreendedorismo. É preciso motivar a todos para trabalharem com dedicação e produtividade, com qualidade e competência.
             Por outro lado a taxa de natalidade do país já vai atingindo índices alarmantes. Portugal tem um dos índices de natalidade mais baixos da Europa.
             A população envelhecida e não renovada, leva o país à estagnação.
             O motor de todos os problemas nacionais está no descaso por valores éticos e humanísticos tais como: honestidade,  honradez, responsabilidade social,  busca de qualidade e bem-estar, solidariedade e cooperação sustentável.
             Estas armadilhas precisam pôr todo o país em situação de alarme.

             Os governos dos últimos 35 anos foram insensíveis e irresponsáveis diante do agravamento destes entraves ao desenvolvimento.
             Deixaram o país, literalmente à deriva e esgotado, em suas forças genuínas.

             19. Sem uma Revolução de Mentalidade, o país não tem saída.
             A recuperação do índice saudável de natalidade precisa ser apoiada por políticas públicas, muito bem trabalhadas, reunindo todas as forças vivas da nação.
             Lembremo-nos de que o principal ativo, a principal riqueza de um país são os seus cidadãos.
             O país precisa de um governo competente e ousado que se disponha a regenerar o país, com medidas necessárias para moralizar o poder e a  governabilidade.
             De imediato precisam ser contidas as sangrias dos gastos perdulários: Reduzir o número de deputados da AR, para o máximo de 100, e também o pessoal das Câmaras Municipais, nas mesmas proporções e estancar o esbanjamento e as mordomias. Acabar com as empresas municipais, etc.

            
             20. Enfim, os cinco maiores entraves/obstáculos ao sadio desenvolvimento do País são: 1) o sucateamento da produção de bens e a queda de competitividade; 2) o índice de natalidade negativo; 3) O desperdício insustentável e gastos perdulários; 4) A educação de baixa qualidade; 5) Adoção de valores éticos e humanísticos.
             São estes os grandes nós  e as grandes armadilhas a serem desarmadas, para reabrir os caminhos da prosperidade e da segurança econômica, com ética, competência e responsabilidade, para o bem-estar de todos.
            
             Precisamos impor a revisão de cotas que impuseram ao país. Precisamos recuperar a qualidade e produtividade que sempre tivemos, na indústria, no comércio, na agricultura e na pesca, na educação e na produção científica, intelectual e tecnológica. Enfim em todos os setores da produtividade.
             Precisamos reaprender que só o trabalho constrói, se for feito com amor, dedicação e qualidade.
             Saber que “tudo vale a pena se a alma não é pequena”.
             O país não pode continuar a entregar os seus postos de trabalho a estrangeiros, na indústria e no comércio, nem a importar quase tudo o que consome, preso a acordos castradores que agravam o desemprego.
            
             21. Nossos jovens precisam saber que o trabalho engrandece a pessoa.
             Precisam aprender que, na vida, cada coisa tem o seu lugar:
             temos tempo para nascer, para viver e conviver e para morrer;
             tempo para plantar, para regar e para colher;
             tempo para se alegrar, para se preocupar e para chorar;
             tempo  para estudar, para ler e para sonhar;
             tempo para falar e tempo para se calar;
             tempo para sair e tempo para chegar;
             tempo para trabalhar, para se cansar e tempo para descansar;
             tempo para rezar e tempo para reclamar;
             tempo para sorrir, tempo para ouvir e tempo para amar...
             Cada ação no seu tempo e no seu lugar, sabendo distinguir a devoção da obrigação.
             Precisamos estimular valores no caráter de nossa gente.
             Todos precisam saber que as pessoas não vivem só do “pão”, mas que  sem o “pão” a pobreza e a fome nos debilitam.

             22. Enfim, Portugal precisa de uma Restauração Geral e irrestrita. Quem fará isso, com garantias de qualidade, competência e lealdade?! Isto é obra para uma plêiade de sábios “gigantes”, que irão enfrentar grandes obstáculos. Terão de sanar os gargalos do país.
             Quem se habilita?! A Comunidade Europeia, por seus controladores, trouxe consigo alguns entraves a serem debelados.
             Como está é inviável.
             Ou a nação descarta esse governou este governo acaba com a nação.
             A credibilidade este governo já perdeu, há muito tempo. Não sei se  ainda tem chance de se recuperar.


VIII
NOSSA RESERVA DE TALENTOS

23. O nome comunidade foi só força de expressão, para ludibriar os incautos, e impor as políticas entreguistas de seus apaniguados.
A derrocada começou com o “25 de Abril”. Alguns companheiros foram negociadores plenipotenciários, subservientes aos interesses das nações controladoras do bloco. Portugal foi traído pelos seus filhos e por seus consócios.
A hora da cobrança chegou, com o país esfacelado, como “eles” queriam (?!). É um quebra há anos anunciado. Só não viu quem não quis. Muita gente adotou a política dos quatro macacos:
Não vejo, não ouço, não falo e nada faço”.
Para quem leva vantagem, tudo está sempre bem, pois nada vêem além de suas mordomias, ainda que esteja na mira da moralização do país.
Nosso intuito não é denunciar, ou lembrar o que o país já sabe. Queremos apenas procurar caminhos de solução da grande crise.

24. As negociações fraudulentas e desastradas de nossos (des) governantes e seus apaniguados, quebraram a coluna dorsal de seu  país, ao paralisarem a indústria, a pesca, a agricultura e tudo o mais que é o setor produtivo, a “máquina” que mantinha a soberania da nação.  Sucatearam a cultura e a educação.
Isto só não sabe quem não quer ver.  Está largamente noticiado, nos meios de comunicação. Não é novidade para ninguém.
Só um povo consciente e solidário será capaz de vencer grandes desafios e grandes gargalos: recuperar a educação; recuperar as condições da capacidade produtiva e da competitividade do país; equilibrar a taxa de natalidade, em índices sustentáveis; extirpar os gastos perdulários e os desperdícios; recuperar os valores éticos e humanísticos.
Queremos propor uma sólida e consistente Reforma de Mentalidade ao país.

25. Do Portugal livre e autossuficiente, soberano e altivo, fizeram um país dependente, de chapéu na mão, empobrecido, onde muitos andam em grandes rodovias, com seus pneus carecas ou a pé, pela encosta das grandes avenidas.
No entanto, o país é rico. Fracassado é o governo, que obriga o povo a pagar a conta de seus desmandos e de seus desconsertos.

Não é ético pagar a conta de desgovernos, com o desemprego do povo e com a fome da nação, com o desemprego... Alguém pode discordar desta posição?!

Há 35 anos, o país vem sendo assolado, enganado e se auto iludindo, com promessas vãs. Agora, enfraquecido, querem derrubá-lo. O que os  entreguistas não foram capazes de fazer, estrangeiros farão (!)

26. Procura de um Governante Sábio, Forte e de Credibilidade
É nessas horas que nos falta um homem da têmpera de Salazar, seja qual for o nome com que o chamemos. Todos sabemos que o atual governo está a muitos anos luz dessa competência.
Olhamos para frente mas temos  pontos de referência de qualidade. Não podemos compactuar com qualquer pangaré.
O País espera que se apresentem pessoas competentes, capazes de assumir o real comando da nação, com lealdade e  credibilidade.
“Não se acendem velas a defunto ruim”, diz a sabedoria popular.
Mas não há lugar para desânimo, para pessimismo.
A nação é melhor do que a crise, se soubermos aproveitar a oportunidade para dar mais consciência à nação, e começar a desarmar essa tralha, que nos impuseram e que engessou a nação.
É hora de libertar o país de toda a opressão, começando pelos opressores internos que manipulam a opinião pública, no papel indébito de gerentes dos bens da nação, função para qual se mostraram incapazes, sem ética e sem responsabilidade.
É hora de proclamar:
 “Quem sabe faz a hora, não espera acontecer”.
Precisamos convocar a nação para uma grande cruzada de revitalização do país.

27. Vamos dar às  novas gerações uma educação de melhor qualidade.
Vamos estimular o cultivo dos grandes talentos da nação.
Vamos reforçar lideranças conscientes, competentes, dedicadas e honradas, que sejam capazes de  conduzir a nação para o seu alto destino,  com competência e sem arrogâncias: Lideranças políticas, científicas e tecnológicas, intelectuais e empresariais.
Vamos recuperar o alto índice de competitividade econômica;
vamos aumentar  a taxa de natalidade.
Vamos extirpar os gastos perdulários.

28. Grandes talentos nunca nos faltaram. Se soubermos encontrá-los e motivá-los, não nos faltarão pessoas capazes de reconstruir e restaurar a soberania e a honra da nação.
A força matricial da nação é a educação séria, sólida e ética. Da educação integral, vem o respeito à dignidade humana das pessoas, apoiadas no saber, na responsabilidade social; a competência profissional, científica, tecnológica e humanística; a capacidade de conviver e compartilhar ideias e atividades; a capacidade para aprender a melhorar sua atuação  e de buscar autorrealização humana; a capacidade de fazer da cidade e do País, um espaço vital, com bem-estar e qualidade de vida para todos.
Esta é a  nossa missão; é o grande objetivo de nossa cruzada de agitação  e cultivo de ideais, por um mundo melhor para todos, sem distinção.

quinta-feira, 22 de julho de 2010

Filosofia da Arte Xávega

FILOSOFIA DA ARTE XÁVEGA
Ou a Arte da Vida e da Convivência
J. Jorge Peralta
1. Dialética do Cotidiano
Dialogar é um processo de interação que inclui: ceder, reconsiderar e prosseguir, após o ver, ouvir, pensar e decidir..
                    Fotografia de Pintura de FLameiro 96
Viver supõe a arte da tentativa reiterada para superar obstáculos. Viver é a arte de vencer dificuldades e de aceitar a pluralidade.

A vida das pessoas e das sociedades não segue uma linha reta.
Os obstáculos fazem parte de todos os empreendimentos. Por isso avançamos em zigue-zague ou em curvilíneas, para não perdermos o rumo.
 Precisamos saber superar os ventos contrários. Precisamos saber que agir é arriscar. O caminho está apenas esboçado e é sempre inédito. É preciso ousar.
Para avançarmos seguros, podemos ser obrigados a recuar, se necessário, para retomar, depois o rumo traçado.
Recuar, quando necessário, pode ser uma atitude vital. É melhor recuar do que naufragar. O que não podemos  é perder o rumo. Quem sabe o que quer toma decisões adequadas e certeiras.
Resistir às forças opostas é necessário, mas resistir pode incluir contornar. É questão estratégica.
Não podemos reagir como os irracionais e teimosos carneiros de conhecida alegoria, que se encontram no meio da pinguela, atravessando o rio. Nenhum quis recuar. O resultado foi trágico, como é sabido.

2. Arte Xávega, Uma Lição Milenar
Estas ideias vieram à minha mente ao observar a pesca marítima artesanal, na praia da Vagueira. Chamada de Arte Xávega.
Esta é uma forma de pesca multimilenar. É praticada em muitas praias da costa do Mar Português, voltada principalmente para a pesca da sardinha que por ali passa em grandes cardumes.
Sai de manhãzinha o barco, com as redes. Já para se lançar ao mar, o barco enfrenta a resistência das ondas bravias. Não é fácil vencer a resistência das ondas, do mar bravio  que batem na praia, persistentes e contínuas.

Rolando sobre toras, os barcos dirigem-se ao mar, altivos, descendo pela areia grossa. A tração é feita pela força de possantes bois e homens musculosos e muito atentos.
Antes da corrida disparada rumo às águas  turbulentas, os pescadores aguardam o momento adequado no intervalo entre as ondas que vêm e vão, num processo de vai-e-vem quase eterno. As ondas são formadas em alto mar, além do horizonte, no Oceano Atlântico. Vêm num processo contínuo, formado há milhões de anos.

A Costa Portuguesa, tão bela e tão rica, é a última margem de terra, no extremo Oeste da Europa, também chamada Finis Terrae:  O Fim da Terra.
Este é o país “onde  a terra se acaba e o mar começa” (C.III, 20).
A Costa Portuguesa suporta todos os embates do Atlântico, que, vindo de grandes distâncias, às vezes tumultuadas, encontram nestas areias e nos rochedos de Portugal um leito seguro para se reclinarem e se apaziguarem.
É essa fúria do Oceano, que vem medir forças com as nossas praias, que os nossos bravos marinheiros precisam saber driblar, para lançar ao mar os seus barcos de pesca.
Driblar, sim, pois a força do mar ninguém vence. Apenas precisa saber como aproveitar o  momento certo para com ele conviver e sobreviver, nessa peleja permanente e arriscada.
Na pesca, como na vida, a pessoa não pode deixar se intimidar, para não perder a auto-confiança.
Acertado o momento estratégico, lá vão os nossos pescadores. Vão lançar as redes em alto mar. Na volta, trazem para a praia, uma das pontas da corda que servirá para arrastar a rede mais tarde. A outra ponta já ficara presa à saída

3. Saber ceder, para a Corda não rebentar
Pelo meio da tarde começa a segunda tarefa: puxar as redes, talvez carregadas de peixe, para a praia.
Até uns cincoenta anos atrás, as redes eram puxadas por juntas de bois; muitas juntas.
 
Eu gostava de observar a dinâmica do processo:
No alto mar, as ondas, no seu vai-vem, tanto empurram as redes para a praia, como as empurram de volta para o alto mar.
Quando o mar estava a favor, impelindo as redes para a praia, os bois devolviam alguma velocidade. Quando a energia do mar invertia seu furor, os bois, por vezes, recuavam, pela força adversa, e assim, impediam, nesse movimento natural que as redes se rompessem ou as cordas rebentassem, e tudo se perdesse.
Este investir persistente seguido de forçado recuo, dominando o furor bovino, permitia que as redes chegassem à praia, abarrotadas de peixe, para alimentar o povo.

Espetáculo belo de se ver. Enche os olhos aquele monturo de peixes pulando, tentando voltar ao mar, dando o último esforço para resistir pela vida, que sentem se perder, para alimentar muita gente.
No ar, um imenso bando de gaivotas mergulham nas ondas para pegar os peixes que da rede escaparam.
Esta é a Arte Xávega que todos podemos testemunhar ainda hoje.
Uma grande lição de vida, uma filosofia do saber viver e conviver.

4. Arte Xávega na Vida Cotidiana
Como na Arte Xávega, na vida precisamos saber arremeter e ceder em horas certas e oportunas. Sempre teremos barreiras a enfrentar. Precisamos saber a hora estratégica, em que vale a pena arremeter, de olhos bem abertos e atentos.
Precisamos saber que a teimosia pode pôr tudo a perder, se não soubermos ceder para podermos depois prosseguir.
O sucesso vem da arte de domar o vai-e-vem sempre persistente. Se forçarmos além da linha do possível, podemos perder nosso objetivo. Precisamos então saber recuar, oportunamente. Recuar e avançar, com sabedoria. Se sabemos o que queremos,  saberemos como chegar.
Nem sempre a linha reta é o caminho melhor e mais adequado. Às vezes o mais adequado é tentar em zigue-zague.

Outro exemplo dinâmico do processo em zigue-zague, ou para trás e para diante, é o jogo de futebol. Para vencer a marcação cerrada do adversário, que faz barreira, o jogador o dispersa, jogando em zigue-zague, com seus companheiros, inclusive recuando o jogo, para, na hora adequada, arremeter com mais força, no campo adversário, e, quem sabe, abrir chance de chutar a gol, balançar as redes e levantar o povo nas arquibancadas.
Ceder pode ser a oportunidade de agregar mais força para arremeter.
Na convivência e na interação humana, temos muito a aprender da Arte Xávega.

5. Arte Xávega é Sabedoria
A “Arte Xávega” é a arte do sucesso. Opõe-se à teimosia de quem pensa que só para a frente é que se anda. Um recuo estratégico pode mudar os rumos da vida e da história. Enquanto recuamos, tudo se rearticula.
Viver é manter  um diálogo permanente com o mundo que nos cerca.
Recuar pode ser a salvação de um grande projeto. Recuar apara arremeter. Recuar, às vezes, pode fazer parte das circunstâncias da condição humana. Recuar como estratégia e não por timidez.
Queiremos ou não, a vida é cheia de obstáculos, que precisamos saber superar com sabedoria, competência, persistência e galhardia.
Agora já podemos inventar a teoria da Arte Xávega.
A Arte Xávega nos ensina que na vida, cada viagem é uma viagem e que cada viagem tem suas próprias surpresas. Na Arte Xávega não há monotonia, nem mordomia.
A lei, na Arte Xávega, é a antiga senha dos cavalheiros: “Um por todos e todos por um”.

Nota: oportunamente postarei, aqui, um ensaio sobre a “Arte Xávega, Passo a Passo”. Aguarde.
Por enquanto sugiro que veja dois vídeos publicados no You tube.